• Resenhas Internacionais

    Resenhas de livros e series internacionais. (Capa Acima, "O Nome Do Vento"|Patrick Rothfuss).

  • Vale A Pena Ler De Novo

    Neste Quadro eu irei colocar um (resumão) de series e livros, Que Valem a Pena Ler De Novo. (Capa Acima,"A Danca dos Dragoes" | George R. R. Martin)

  • Resenhas Nacionais

    Resenhas de livros e series Nacionais.

  • Curiosidades

    Curiosidades do Mundo dos Livros.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Os Contos de Beedle, o Bardo | J.K. Rowling
O livro de Rowling traz cinco “histórias populares para jovens bruxos e bruxas”, mas que, com as notas explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos “trouxas” (como Rowling se refere às pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling esclarece alguns termos próprios do mundo dos bruxos como, por exemplo, “inferi”, que, “são cadáveres reanimados por magia”.
No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e suas histórias se assemelham em muitos aspectos aos nossos contos de fada. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de fadas, ou seja, caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são usualmente contadas antes de dormir. Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim como costuma acontecer nos contos de fadas, “a virtude é normalmente premiada e o vício castigado”.
Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se pensa: seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem resolver seus problemas somente com magia. As histórias mostram, desse modo, que ao contrário do que se pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode também não ter efeito nenhum.
Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos de fada “tradicionais”, ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham salvar, elas enfrentam o próprio destino. No conto “A Fonte da Sorte”, por exemplo, são as três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que procuram (juntas) a solução para seus próprios problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura para uma doença na chamada “fonte da sorte”. Ao final da estória, elas alcançam aquilo que desejam, muito mais por méritos próprios do que pela magia das águas da fonte que, mesmo sem saberem, “não possuíam encanto algum”.
Na verdade, os heróis dos contos não são aqueles com maiores poderes mágicos, mas sim aqueles que demonstram bom senso e que agem com gentileza. Um exemplo é “O conto dos três irmãos”, onde o irmão mais novo, ao se confrontar com a Morte “em pessoa” não tenta trapaceá-la nem fazer mal a alguém. Desse modo, ao contrário dos seus irmãos, ele tem um final feliz, pois “acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom grado, e, iguais, partiram desta vida”.
Para aqueles que sentiam falta de Dumbledore, o poderoso mago Diretor de Hogwarts, J.K. Rowling mata um pouco da saudade: no final de cada conto, há explicações e comentários do bruxo, os quais foram encontrados após sua morte. Suas explanações são bem pertinentes: elas mostram, por exemplo, que no mundo dos bruxos existia um preconceito contra os não-bruxos (os “trouxas”), há ponto de excluí-los dos contos, ou dar-lhes apenas o papel de vilões, e também alertam para o fato de que alguns dos contos foram censurados ao longo da história e adaptados para que se tornassem “adequados para as crianças”. Isso se assemelha muito àquilo que aconteceu com os contos de fada de um modo geral, os quais sofreram mudanças no enredo para que pudessem se adequar melhor à escola e ao mundo da criança. No entanto, os contos que nos são apresentados no livro são, segundo Dumbledore, os originais, ou seja, são os contos escritos por Beedle há muito tempo, sem adaptações.
Outras questões são trazidas à tona nos contos: amor, tolerância, sentimentos e, como se viu, até mesmo a morte. Isso porque as histórias mostram como a magia não pode resolver tudo e o quão inútil é lutar contra a morte. Sabe-se que a mágica não é capaz de restituir o bem mais precioso: a vida.
Os contos, traduzidos por Hermione Granger das runas, são inéditos, com exceção de “O conto dos três irmãos”, uma história contada para Harry, Rony e Hermione no sétimo livro da série de aventuras de Harry Potter (no capítulo 21, que leva o mesmo título do conto), que tem papel crucial no fim da saga do jovem bruxo.
Quanto às ilustrações do livro, quem as assina é a própria J.K. Rowling, que doou parte do lucro obtido com a venda de Os Contos de Beedle, o Bardo para o “Children’s High Level Group”, uma organização responsável por ajudar cerca de um quarto de milhão de crianças a cada ano.
Em Os Contos de Beedle, o Bardo, sentimo-nos de volta ao “mundo mágico de Harry Potter”. Pena que as 103 páginas do livro acabem tão rápido: para o leitor entusiasta do mago inglês e acostumado com as suas aventuras narradas ao longo de mais de 700 páginas fica um gostinho de “quero mais”.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


A narração deste livro expressa uma sensibilidade que não poderia ser humana, ela é feita toda pela “Morte”. Apesar da afirmação “Eis um pequeno fato, você vai morrer” ela  nos conta a trajetória da menina que roubava livros com uma simplicidade e suavidade capaz de esmiuçar os diferentes sentimentos humanos, sejam eles bons ou maus.

A história se desenrola na Alemanha, no período nazista. A Morte conta que havia mantido contato direto com a menina Liesel, principal personagem do livro, em três ocasiões: na morte de seu irmão menor, quando estava para ser adotada; na morte de um piloto aéreo das forças inimigas, na presença de seu melhor amigo, Rudy; e na morte de seus pais, quando a rua em que moravam fora completamente destruída pelos bombardeios da guerra.
No início a Morte descreve com uma singeleza que beira a candura o seu trabalho, ao relatar como levou a alma do irmão de Liesel, quando eles estavam sendo levados para a adoção, dizendo que ao descer do trem “havia uma alminha em meus braços”. Em várias passagens a Morte expressa sua incompreensão referente as diferentes atitudes humanas, indo de um extremo ao outro. Neste momento a Morte também admitiu ter cometido o erro de se distrair, deixando-se levar pela curiosidade da história da Roubadora de Livros.
O primeiro livro, O Manual do Coveiro, ela roubara sem querer no enterro de seu irmão, aos nove anos de idade. O auxiliar de serviços funerários o deixou cair próximo ao túmulo e ela o ajuntou instintivamente, levando-o consigo. Passado o episódio da morte do irmão Liesel chega a sua nova casa, conhece seus pais adotivos, Hans e Rosa Hubermann. A mãe é muito mal educada, usando sempre palavrões, mas em compensação o pai é muito dedicado e amoroso. Começa-lhe a ensinar a ler melhor, usando o livro que ela trouxera consigo. Nas noites em que ela acordava em meio aos pesadelos com seu irmão, o pai lia e tocava acordeão, contando-lhe histórias até a madrugada.
Esses eram os momentos mais felizes de Liesel, que com o passar do tempo percebeu o quanto a mãe Rosa também lhe amava, apesar da rudeza das palavras. Neste meio tempo a guerra começa a situação econômica se complica. O pai de Liesel não se havia filiado ao partido nazista, sendo-lhe mais difícil arrumar trabalho. Liezel ajuda a sua mãe de criação ao buscar e levar as roupas que ela lavava para as famílias mais abastadas, normalmente em companhia de seu amigo e não assumido amor Rudy. Neste meio tempo, Liesel também teve que guardar um segredo. O seu pai escondia no porão um judeu, Max, filho de um amigo que o salvara na primeira guerra. Com Max Liesel desenvolve uma relação de amizade muito forte, mas depois de um longo período ele teve que sair do seu esconderijo, porque os nazistas fariam uma vistoria nas casas. Reencontrou Max no final da guerra. O segundo livro Liesel o roubou numa fogueira na qual queimaram livros e artigos considerados contra o sistema. A guerra avançando e os clientes de Rosa começaram a dispensar-lhe o serviço.
Um certo dia a mulher do prefeito, Ilsa, também lhe dispensou os serviços, dando-lhe um livro de presente para Liesel. Inicialmente ela o aceitou, mas depois o devolveu dizendo que não precisava de suas esmolas. Alguns dias depois retornou acompanhada de Rudy, entrou furtivamente pela janela e o roubou. Assim, sempre que ela se sentia angustiada com as situações difíceis do dia a dia ela voltava a biblioteca e levava outro livro, embora a Sra. Ilsa sempre soubesse. Os ataques da guerra começaram também a atingir a Rua Himmel, onde Liesel e Rudy moravam.
Sempre que eram alertados todos os moradores se dirigiam a um abrigo subterrâneo, onde o medo tomava conta de crianças e adultos. Liesel começou a ler em voz alta para todos, perpetrando nela a paixão pelos livros e pelas palavras. Foi exatamente isso que lhe salvou a vida. Numa noite em que houve um ataque sem aviso prévio a rua foi completamente destruída. Seus pais, seus vizinhos e seu amado, mas nunca confessado Rudy, morreram dormindo, enquanto ela estava escrevendo no porão esta história. Quando os bombeiros chegaram encontraram uma menina de quatorze anos viva entre os escombros. A Morte que recolhia as almas por ali ficou surpresa. Ela viu a menina agarrada ao seu livro, que caiu de suas mão ao perceber que todas as pessoas que amava estavam mortas.
A Morte sorrateiramente agarrou aquele exemplar, pois havia se distraído mais uma vez. Este livro a Morte o mostrou a Liesel, muito anos mais tarde quando a foi buscar junto a seu marido, seus filhos e netos em Sidney, na Austrália. Liesel ficou surpresa ao ver seu livro tantos anos depois e enquanto acompanhava a Morte tranquilamente, ouviu ainda o seu comentário, “Os seres humanos me assombram”.Um livro com uma linguagem simples e acessível, com um enredo ágil, fácil e envolvente, abordando a natureza humana com uma ingenuidade somente possível pela Morte.

É óbvio que Morte Súbita não vai fazer tanto sucesso quanto a saga Harry Potter, mas deveria. 
Não da para fazer nenhuma comparação entre as duas histórias, é tudo completamente diferente. Morte Súbita abre feridas e quebra a suposta perfeição que muitas famílias tentam demonstrar.
A autora conseguiu de maneira impressionante falar sobre vários personagens ao mesmo tempo, nos fazendo respeitá-los e odiá-los. Com o decorrer da trama você percebe que não se trata da história de uma família ou de um personagem, mas sim de um conjunto de famílias e de pessoas em constantes mudanças. Mostrando como as pessoas são vulneráveis, mostrando que diante daquela camada quebradiça de cidadania e respeito ao próximo, existe a vontade egoísta de se mostrar solidário.
Mostra a face de pessoas que fazem coisas boas apenas para encobrir o que são, apenas para serem enxergadas pelas outras como um ser humano bom, mas no fundo,  se sentem superior por fazer o bem. Mostrando pessoas que dizem querer o melhor para os outros, mas apenas pensando em si mesmas, pensando em seus próprios sonhos e passando por cima de quem os crítica. Morte Súbita mostra um vilarejo em guerra entre pessoas que lutam pelo que acham ser bom e pessoas que lutam pelo que acham ser a melhor escolha para elas. Morte Súbita é um livro que eu recomendo.

Hazel Grace, protagonista que dá voz ao livro “A Culpa é Das Estrelas“, é uma adolescente de dezesseis anos que luta contra um câncer de tireóide desde os treze. Apesar de manter-se viva graças a um milagre da medicina que detém a metástase em seus pulmões, Hazel vê-se como uma doente terminal e não tem grandes prazeres, a não ser ler e reler diversas vezes um mesmo livro, chamado “Uma aflição imperial“, que a deixa intrigada e curiosa em saber o que acontece com seus personagens após o final da narrativa.
Para evitar que a filha definhe em uma depressão, seus pais, já bastante sensibilizados e se sentindo impotentes diante da situação, insistem para que ela frequente um grupo de apoio a pacientes com câncer e então Hazel, bastante contrariada, começa a ir às reuniões. Lá ela conhece Augustus Waters, um jovem de dezessete anos, sobrevivente de um osteosarcoma que o deixou sem uma perna e que foi ao grupo acompanhando o amigo Isaac, que está prestes a ficar cego por causa de um câncer no cérebro. 
Augustus (ou Gus, como geralmente é chamado) consegue mostrar a Hazel novas perspectivas acerca da vida e da morte. Os dois jovens aprendem muito um com o outro e decidem buscar a realização de seus sonhos. A intenção de ambos é não serem vistos como “coitadinhos”, embora, inevitavelmente, às vezes detectem olhares e comportamentos que mostram que é assim que muitos portadores da doença são percebidos pelas outras pessoas. O senso de humor de Hazel e Gus chega a surpreender no decorrer da narrativa, já que eles fazem piadas sobre a própria situação, tratando de assuntos normalmente delicados com sarcasmo e ironia. Esse diferencial é, provavelmente, um dos motivos que fez com que “A Culpa é Das Estrelas” (em inglês, “The Fault in Our Stars“) alcançasse tamanho sucesso. Publicado em 2012, (no Brasil, pela Intrínseca) e já traduzido em várias línguas, o livro já teve seus direitos vendidos para o cinema. 
John Green já era bastante conhecido na internet e possui fãs no mundo inteiro por causa do “Vlogbrothers”, um canal do Youtube que ele criou juntamente com seu irmão, que se tornou um dos mais populares do planeta. Como escritor, ele se destaca pela habilidade em tratar assuntos complexos com leveza, delicadeza e, ao mesmo tempo, profundidade. 
A Culpa é Das Estrelas” tem momentos tensos e tristes, mas também muitos outros engraçados e românticos. Sua linguagem contemporânea e descontraída aproxima o leitor, que se sente íntimo dos personagens. O final do livro não é previsível, tampouco forçado para agradar os leitores que se encantam pelos protagonistas. Deixa um convite à reflexão acerca de uma realidade cruel, além de um bonito exemplo de superação e coragem.
No quarto e último aguardado livro da série Fallen, Luce e Daniel estão juntos e parece que nada mais vai separá-los. O problema é que o destino amaldiçoado de uma mortal e de um anjo caído promete surpresas. O céu está escuro com asas… Como a areia numa ampulheta, o tempo está se esgotando para Luce e Daniel. Para parar Lúcifer de apagar o passado eles devem encontrar o luga onde os anjos caíram na terra. Forças sombrias estão atrás deles, e Daniel não sabe se consegue fazer isso—viver só para perder Luce uma vez e mais outra. No entanto, juntos, eles enfrentarão uma batalha épica que deixará corpos sem vida… e poeira de anjos. Grandes sacrifícios são feitos. Corações são destruídos. E de repente, Luce sabe o que deve acontecer.
Livro no Skoob / + Informações
Este é o último livro de uma série, essa resenha pode conter spoilers...

E finalmente a série Fallen chega ao fim! Os três primeiros livros não me conquistaram, mas caí de amores pelo spin-off de Apaixonados e nem tanto, pelo último livro da série "Êxtase".

Em Êxtase, finalmente vemos o desenrolar da maldição de Luce e Daniel e descobrimos todos os segredos que envolvem a maldição. Lúcifer (Bill) consegue enganar Luce (o que convenhamos não é difícil) e arma uma estratégia impressionante para readquirir o "controle" da situação.

Ela, Daniel e os outros anjos tem apenas nove dias para encontrar as relíquias que os ajudarão a descobrir o local original da queda e impedir que Lúcifer reescreva o destino de todos. Durante essa busca, Luce irá mergulhar ainda mais a fundo em suas vidas passadas, e ela tem a certeza de que precisa se lembrar de algo importante, algo que será crucial ao desfecho dessa história...

Não consigo entender a Lauren, ela fez um trabalho muito bom (em minha opinião) com Apaixonados e começou bem em Êxtase... mas, não me surpreendi com o final, e apesar dela ter se superado (para os padrões de Fallen e Tormenta), não conseguiu me fisgar totalmente.

Êxtase é cheio de ação, lutas, perseguição, alianças improváveis... e vale a pena ser lido para finalmente descobrir onde tanta enrolação levou. Acho realmente que o que mais me desagradou nessa série foi justamente esse enrola, enrola... pra que quatro livros minha gente? Acho que se a história fosse concluída em Tormenta já estaria de bom tamanho.
Ela vai morrer... Jamais passará da adolescência – morrerá de novo, e de novo, e de novo, exatamente no momento em que se lembrar da escolha que você fez. Vocês jamais ficarão verdadeiramente juntos. Pág 12
Em Paixão, terceiro volume da série Fallen, de Lauren Kate, Luce está empenhada em descobrir um pouco mais sobre a maldição que a assola e para isso, decide pesquisar alguns detalhes através de suas vidas passadas. Ela viaja pelo seu passado através de um Anunciador e atravessa séculos, épocas e locais diferentes, incluindo Moscou, Milão, a Inglaterra da Idade Média, Taiti, dentre outros lugares. Em todos eles, ela obtém a certeza de quanto o seu amor por Daniel é genuíno, puro e abnegado, e o quanto que ele se sacrificou para vivenciar essa paixão.


Enquanto ela viaja pelo seu passado, Daniel luta para encontrar a sua amada, temendo os perigos que ela possa enfrentar, e até mesmo as possíveis mudanças que isso pode acarretar para o relacionamento dos dois.


A história de Daniel e Luce através dos séculos é permeada por dor, desespero, sangue e explosões, ao mesmo tempo em que os dois não perdem a esperança de ficarem juntos de uma vez por todas e se amam cada vez mais com o passar dos anos. 

O amor de Daniel por Luce é intenso, avassalador e capaz dos mais cruéis e mordazes sacrifícios. Esse quote nos resume bem isso:


"O amor de Daniel por ela era longo e ininterrupto. Era a forma mais pura de amor, mais até do que o amor que Luce lhe retribuía.Seu amor fluía sem interrupções, sem parada. Enquanto o amor de Luce era apagado a cada morte, o sentimento de Daniel crescia ao longo do tempo, atravessando a eternidade. Quão poderosamente forte estaria? Depois de centenas de vidas de amor empilhadas umas sobre as outras? Era quase imenso demais para que Luce compreendesse."


Luce decide viajar através de um Anunciador devido a um impulso e presencia a dor e o sofrimento de Daniel através dos anos. Ela percebe que o amor dele consegue ser ainda maior do que o dela, e o quanto ele o quer e a deseja. Em suas aventuras, ela conta com a ajuda da gárgula Bill, que lhe serve como uma espécie de guia em meio aos locais e épocas em que ela adentra. Ele também lhe passa informações preciosas sobre as suas encarnações e a respeito de Daniel. 


Daniel incessantemente busca por Luce, temendo que sua amada caia em uma grande cilada. Porém, quanto mais tenta se aproximar dela, mais se afasta, em meio a muitos desencontros.


Algo que foi abordado no livro de forma bem interessante foram alguns trechos do passado de Cam. Descobrimos que ele nunca foi 100% um bad boy, e que inclusive se apaixonou perdidamente, e isso foi o que resultou na sua ruína.


Paixão foi um livro marcante, intenso e que nos expôs todo o sentimentalismo de Daniel ao longo da história. O seu coração foi aberto de forma esplêndida, se tornando impossível não se emocionar com a sua trajetória. A cena em que ele conta um pouco da história de Cam para Shelby e Miles foi muito bonita, e nos revelou traços de amizade, fraternidade e amor.


Em cada vida passada de Luce, a narrativa foi rica em detalhes, sobretudo, acerca da mitologia e costumes de época. Apesar de Daniel e Luce não se encontrarem com tanta frequência ao longo da história, os fatos que narram o seu passado são repletos de muito romance e também, suspense.
Livro: Tormenta
Série: Fallen
Autor (a): Lauren Kate
Páginas: 392
Editora: Galera Record
Resenha por: Nina
Comprar: Saraiva Cultura Submarino E-book
Quantas vidas você precisa viver antes de encontrar alguém que valha a pena morrer?
Como consequência do que aconteceu na Sword & Cross, Luce foi escondida por seu namorado que é um anjo amaldiçoado, Daniel, em uma nova escola repleta de Nefilim, descendentes de anjos caídos e seres humanos. Daniel prometeu que ela estará segura aqui, protegida daqueles que querem matá-la. Na escola a Luce descobre o que as Sombras que a seguiram durante toda a sua vida significam – e como manipulá-las para ver dentro de suas outras vidas. Ainda assim, quanto mais a Luce aprende sobre si mesma, mais ela percebe que o passado é sua única chave para desbloquear seu futuro… e que Daniel não lhe disse tudo. E se a versão dele do passado não é bem como as coisas realmente aconteceram… e se a Luce era para estar realmente com outra pessoa?
Quem leu a resenha de Fallen vai achar tudo o que eu vou escrever adiante um pouco repetitivo, mas quer saber? Lauren Kate subiu mais ainda no meu conceito.
Antes de mais nada, preciso comentar que essa capa é fantástica e eu amei no segundo em que a vi. Só que, ao ler o livro, fiquei decepcionada com os vários erros de edição. Não que eles comprometessem a leitura, mas é triste ver que ele não foi tão bem cuidado quanto aparenta ser.
Quando terminei de ler o primeiro volume da série, fiquei me perguntando o que Lauren Kate faria para que o “amor meloso” de Daniel Grigori e Lucinda Price não caísse na mesmice. Nada melhor que inserir o elemento “dúvida” no relacionamento dos dois – e foi exatamente o que ela fez. Em Fallen, Luce era meio pateta, pois ainda estava se adaptando à realidade fantástica de ter um namorado anjo, e que ele fosse uma peça fundamental na luta entre o bem e o mal. Ao encarar um novo contexto, longe de Daniel, de seus pais, seus amigos, Luce mais uma vez é obrigada a se adaptar não só à sua nova escola, mas às descobertas de suas outras vidas com Daniel.
Em meio a tantos acontecimentos, Luce acaba descobrindo que as sombras que sempre a perseguiram podem ser um caminho para saber mais sobre o que aconteceu a ela e Daniel em outras vidas, e para isso, ela vai contar com a ajuda de dois novos personagens, Shelby e Miles. Esses dois novos personagens tem uma importância quase que fundamental no desfecho da história, então é bom prestar atenção neles.
Voltando ao elemento dúvida, Luce se vê na situação de que Daniel sabe muito sobre ela, e ela quase não sabe nada dele, só o conhece com os olhos do coração. E com todas essas dúvidas, ela se pergunta o que seria diferente em sua vida, caso não conhecesse Daniel, como seria essa vida… É a principal problemática do livro. Como saber se um amor é eterno se não houve chance para outro amor acontecer?