É óbvio que Morte Súbita não vai fazer tanto sucesso quanto a saga Harry Potter, mas deveria. 
Não da para fazer nenhuma comparação entre as duas histórias, é tudo completamente diferente. Morte Súbita abre feridas e quebra a suposta perfeição que muitas famílias tentam demonstrar.
A autora conseguiu de maneira impressionante falar sobre vários personagens ao mesmo tempo, nos fazendo respeitá-los e odiá-los. Com o decorrer da trama você percebe que não se trata da história de uma família ou de um personagem, mas sim de um conjunto de famílias e de pessoas em constantes mudanças. Mostrando como as pessoas são vulneráveis, mostrando que diante daquela camada quebradiça de cidadania e respeito ao próximo, existe a vontade egoísta de se mostrar solidário.
Mostra a face de pessoas que fazem coisas boas apenas para encobrir o que são, apenas para serem enxergadas pelas outras como um ser humano bom, mas no fundo,  se sentem superior por fazer o bem. Mostrando pessoas que dizem querer o melhor para os outros, mas apenas pensando em si mesmas, pensando em seus próprios sonhos e passando por cima de quem os crítica. Morte Súbita mostra um vilarejo em guerra entre pessoas que lutam pelo que acham ser bom e pessoas que lutam pelo que acham ser a melhor escolha para elas. Morte Súbita é um livro que eu recomendo.