sábado, 14 de dezembro de 2013

Livro: A fúria dos reis
Série: As crônicas de gelo e fogo
Autor: George R. R. Martin
Editora: Leya
Páginas: 656
Resenha por: Lais Baptista
Comprar: Saraiva Cultura Submarino E-book
Em A fúria dos Reis, o segundo livro da aclamada série As crônicas de gelo e fogo, George R. R. Martins segue a épica aventura nos Sete Reinos, onde muitos perigos e disputas ainda estão por vir. Além dos combates que se estendem por todos os lados, a ameaça agora também chega pelo céu, quando um cometa vermelho como sangue cruza o céu ameaçadoramente. Uma terra onde irmão luta contra irmão e a morte caminha na noite fria, nada é o que parece ser, e inocência é uma palavra que não existe. Quando os reis estão em guerra, a terra toda treme!


A fúria dos reis é política pura. E nesse livro começamos a saber mais do que os personagens sobre alguns assuntos, o que é reconfortante em parte e irritante em outros momentos (várias vezes me peguei pensando “por que você está fazendo isso? era melhor fazer aquilo” e ter que me lembrar que eu sabia de coisas que o personagem nem imaginava).
O livro começa com quatro reis. E nenhum reino com quatro reis pode ser enfadonho. Logo, algumas reviravoltas acontecem, algumas que me fizeram querer parar de ler o livro, outras que me deixaram chocada por alguns dias. Martin mantém o estilo de não perdoar nada nem ninguém. Seus livros são pesadados e retratam de forma tão simples a natureza humana que a gente fica querendo pensar que não seria capaz de agir daquela forma. Embora no fundo a gente saiba que a realidade é bem assim. Alguns personagens que conhecíamos pouco no primeiro livro são mais aprofundados e os que a gente pensava que conhecia… não são bem assim.
Comecei a ter pena da Sansa. Em Guerra dos Tronos eu a chamava de Sonsa, por ela ser tão devagar (me esquecendo que a personagem tem 11 anos no início da história e foi criada longe de praticamente tudo. E é exatamente essa inocência que me fez ter pena dela em A fúria dos reis. Ela é um ser puro demais para merecer estar no meio dessa sujeira toda. Enquanto isso, com a irmã dela tive um caminho quase que contrário. Amei Arya de primeira, mas comecei a questionar as ações dela mais e mais ao longo do segundo livro. Obrigada, George Martin, por me fazer duvidar das minhas impressões. Obrigada por me permitir continuar gostando do Jon.
Esse livro começa a se afastar um pouco dos Starks. Eles estão no meio dos acontecimentos e intimamente relacionados com tudo, mas acho que estão deixando de serem as únicas peças importantes. Outrospontos de vista são incluídos e um panorama mais amplo da situação em Westeros vai se formando. O que a feiticeira vermelha deseja com Stannis? De que lado estão Mindinho e a Aranha? É possível alguém ser tão fria e egoísta como Cersei? Como Tyrion se tornou o que é crescendo com Lorde Tywin como pai? Existe algum personagem mais cansativo do que Stannis Baratheon?
Minha impressão geral, principalmente depois de ter lido o terceiro livro da saga é que A fúria dos reis é um livro de passagem.É importante e necessário para a saga, mas não acontece muito nele. Acontecem as preparações para grandes coisas, que são muito importantes, obviamente. E acho que é um livro que vai conter muitas das explicações para coisas mais à frente na saga, não sei, estou chutando. É só que meu instinto diz que livros que à primeira vista parecem sem muita importância em retrospecto se tornam ouro.

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